terça-feira, 31 de maio de 2011
É uma bebedeira triste, apesar de tudo, e ao contrário do que é costume com as boas bebedeiras (talvez porque sobretudo, aiai, nos chega o bafo), mas para entorpecer um bocadinho a noção da realidade que atravessamos sempre serve – por isso, siga a campanha.
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Ok, ok, por princípio não deve haver temas tabu na discussão democrática, mas também não deve haver temas-tipo-antónimo-de-tabu, isto é, tão-politiqueiramente-obrigatórios-que-até-já-metem-nojú.
E ok, ok, quase parece que as barrigas das portuguesas ainda são das poucas coisas sobre as quais se pode exercer alguma soberania nacional, através da vontade das donas. Mas será realmente oportuno, neste momento de troikas, de decisões difíceis para o futuro e de outras coisas etc. estar, a pensar (e fazer-nos pensar) em possíveis decisões a tomar relativamente a esta matéria?
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Mas ninguém ataca o futuro, só o PSD?
Atacar o futuro no sentido de apontar baterias ao que é preciso fazer, só o PSD no sentido de que nada mais é atacado. Ninguém fala do que se vai fazer (e do que se fez, então…) a gente parece que é suposta é escolher quem é que melhor dá porrada no PSD. Para já, o PSD vai à frente, mas por quanto tempo mais? O CDS está já a ficar muito bom a molestar sociais-democratas, Sócrates é completamente PSDófilo, o BE e o PC também apreciam espremer a laranja.
Então é assim:
- PSD, essa táctica de bateres em ti como um maluco para não sobrar para os outros nada por onde pegar não está a resultar; tens mais corpo para apanhar do que julgas;
- outros: há mais vida para além do PSD;
- todos: digam qualquer coisa de Portugal;
Em vez do PSD, vamos atacar o futuro.
domingo, 22 de maio de 2011
Seja como for, depois da pré-campanha e dos debates eleitorais, sabemos finalmente em quem votar (num qualquer, no fundo é isso; mas de maneira a preservar o Sócrates noite e dia do lado de fora dos edifícios do governo). Ora bem, o PS diz-se mais estado social, e bem, a julgar pelo que se tem visto: inaugurações, anúncios, recepções de copo de Martini à mão, o Sócrates bem vestido, militantes socialites e pessoas bem à frente de eventos e instituições de beneficência (própria). Muito social. E, sem dúvida, não pouco estado. O PSD tem ideias concretas, apresentadas num belo programa. Muitas ideias, aliás, em muitos programas: enfim, ideias diferentes a cada programa, a cada entrevista, a cada resposta, parece que era mais isso, ou o catroga. O CDS é competente, coerente, responsável, ponderado e realista. Quem o diz são os seus dirigentes máximos. Poderíamos suspeitar de algum exagero, se se tratasse de outro partido, mas não tratando-se deste: precisamente porque, como se deixa logo bem claro para não haver dúvidas, este partido é tudo menos incompetente, incoerente, irresponsável, imponderado ou irrealista, pelo que não poderia agora passar uma mensagem que fosse em sentido contrário. O PCP assume-se, desta vez, como a voz dos trabalhadores. Infelizmente para os comunistas, nós, como a maioria dos portugueses, nunca votaremos neles: o nosso partido ideal é mais o que defende os interesses dos preguiçosos. O BE, enfim, é pena exalar por vezes alguma superioridade moral desnecessária, porque tem excelentes ideias, pelo menos para um universo onde a metafísica substitui a física.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Passos preocupa-se demasiado em dizer o que pensa (e o resto do PSD também faz questão). Sócrates preocupa-se demasiado em pensar demasiado no que há-de dizer (e todo o PS o imita).
Um, isto. Outro, aquilo. Mas agora o que mete mesmo graça é só dizer mal do Sócrates. Até o Passos Coelho já se atira a ele. Diz o DN: « Passos Coelho insurgiu-se contra o que classificou como uma "campanha de medo" contra o PSD que tem sido organizada pelo PS, ao "mentir" sobre o que o seu partido de facto defende para a sociedade portuguesa.»
Bom, em defesa de Sócrates, pode sempre alegar-se que também mente quando fala sobre o que ele próprio se propõe fazer. Não há cá tratamento de desfavor para nenhum dos lados. Digamos que usa a mentira com magnanimidade. Com generosidade, se for preciso. (Psst, admitamos: já só um método da CIA, do Tempo da Guerra, para Detectar a Mentira, a que Tivemos Acesso, nos tem permitido perceber quando o Engenharias Impossíveis em Lata está a mentir: diz assim:
VOCÊ, QUE AGORA LÊ ESTE MÉTODO DA CIA PARA DETECTAR A MENTIRA, SABE COMO É QUE SE FAZ PARA SABER SE O ENGENHARIAS MENTE?
Não.
TEM QUE OLHAR MUITO BEM PARA OS LÁBIOS DELE.
Sim.
SE SE MEXEREM, ELE ESTÁ A MENTIR!
Ora.
AH, AH, AH,AI, AI, NÃO POSSO, AHAHAH AHA.
Estúpido.)
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Ganhámos, festa , vai! Nós somos, pá. Ok? Vocês deviam era, ganhámos, man! Culpa? Vossa, vossa! A vitória é nossa. A culpa é vossa. Culpa? Culpa o quê? Vossa, vossa. Vitória? Nossa. Isto agora é assim: a culpa é vossa, a vitória é nossa. Não, não, escutem, esta merda agora é assim: (desgraçámos um tanto as pessoas não foi? fogg!). Vossa, vossa. Nossa. Não sei quê.
A culpa da nossa vitória é vossa.