sexta-feira, 30 de julho de 2010

Nós não somos juristas, mas sempre arriscamos dizer que seis anos, o tempo que durou a investigação do processo Freeport por parte do Ministério Público, é tempo suficiente para que um espermatozóide encontre um óvulo, produza em parceria com ele biliões de células, que nascem, berram, comem, dormem, cagam, correm, crescem, e no processo aprendam o suficiente de ler e escrever para redigir uma carta com as perguntas devidas aos responsáveis políticos pelo licenciamento do Freeport, e a vão colocar na ranhura do marco do correio, com a ajuda de um adulto ou de um banco. Em seis anos dava bem para isto!
Aliás, não sendo juristas, sabemos que em geral os espermatozóides dão excelentes procuradores. E que a Justiça bem precisada está de robustos órgãos que os produzam de qualidade, aos procuradores.
Mais de robustos órgãos do que de tempo precisa a Justiça, na verdade. Grandes. Redondos. Ali, realmente! Ó meus amigos, se muitas e muitas vezes os processos PRESCREVEM por passar demasiado tempo! Então, quer dizer, quando passa demasiado tempo, ah, prescreveu e tal. Se o tempo é pouco, pois, nós dávamos cabo deles, se tivéssemos tempo; mas para a próxima, agarrem-nos, se não e tal.
Mais valia recorrer às justificações tradicionais: falta de coordenação, falta de meios, falta de indícios, falta de formação, falta de pessoal, falta de instalações, falta de peritos, falta de colaboração de entidades externas, falta de tradutores, falta de legislação adequada, falta de viaturas, falta de especialização, falta de provas, falta de organização.
Falta de jeito, mal por mal, seria preferível. Não é vergonha nenhuma o marido que se esqueça de comprar o presente de aniversário para esposa alegar falta de jeito para escolher presentes. Ou alegar falta de presentes de jeito para escolher. Ou falta de dinheiro. Ou falta de vontade. Ou que a amante não o quis ajudar. Ou até mesmo que se esqueceu. Agora falta de tempo? Isso é o mesmo que estar a dizer à senhora que para ele há coisas mais importantes, na vida, do que ela. Especialmente se o indivíduo em causa tiver saído de casa há seis anos com o objectivo explícito de ir comprar o presente.
Não somo juristas, mas sentimo-nos traídos, enganados e completamente solidários com a senhora.
(Que não tiveram tempo, dizem os procuradores, mas isso será no pouco tempo que as autoridades se concederam para investigar (e ainda assim...); mas o Tempo, o verdadeiro, que é o que a gente vê passar, foi mais generoso e esteve bem à disposição, palpitante.)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Eis que o Principal Partido da Oposição (PPO) se vem dedicando a apresentar ao povo a Boa Nova: a Constituição, em Boa e em Nova.
A São, como prefere ser chamada, foi concebida em local ermo, quase clandestino. E que início difícil de vida teve! Há quem afirme que continua a ser uma jovem em risco, desajustada e desequilibrada. Diz-se ser seu pai, no entanto, figura proeminente, nos ideais monárquicos e cristãos – seguríssimos – , e na carreira de gestão de bancos – muitíssimo distinguida. E mais que dá pelo nome de Paulo Teixeira Pinto. E que, para que não haja mesmo dúvidas, está nesta foto a resolver equações muito difíceis, ainda por cima em verso, no quadro preto, .
E agora é ver como a alta linhagem de São falou mais alto e acaba por fazer a sua entrada na mais alta-roda, e logo pela mão do próprio Passo Coelho, O Genro Que Toda a Sogra Gostaria de Ter. O destino vem-se encarregando de endireitar as linhas tortas em que a jovem Constituição se viu inscrita ao mundo, e assim fica um exemplo e uma bela lição para os mais jovens.
Bem constituída (está bem que coxa, zarolha e gaga e outras coisas miúdas, apesar das melhoras); irreverente (mas nada custa, a quem cedo não responde pelo que diz); generosa (no que apresenta querer alcançar, pois no que alcança é que se está para saber); livre de preconceitos (demasiado liberta do pensamento consagrado, na visão de alguns, para não estar já presa a outros preconceitos): é assim a São. E agora Passos Coelho, o seu tutor, deverá tratar de lhe encontrar um bom partido, ainda que até agora poucos se tenham deixado seduzir por seus encantos.
Mas, com isto tudo, o que quer ela afinal? Diz-se que quer dar mais poderes ao Presidente da República, por exemplo. Apesar de ser filha de um monárquico, quer ver o pouco Real Cavaco num trono mais alto. É muita generosidade. Ou então um golpe de mestre do Coelho e do Pinto, como bem avisam os analistas que O Mesmo teve oportunidade de ouvir: a campanha presidencial está à porta, este tema será um dos mais importantes, e um dos mais incómodos para o actual Presidente. A ideia parece ser a de oferecer mais a Cavaco na medida em que com isso lhe retira esses e todos os outros poderes! Pois que lhe põe em risco a reeleição (ou pelo menos fá-lo passar um mau bocado)! Genial.
Já se sabia que Passos Coelho não gostava do Cavaco, mas havia mesmo necessidade de ser tão cruel? Quem diria, com aquela carinha de Ângelo...
Diz-se também por exemplo que quer permitir que se possa reformular o Modelo Social Europeu em Portugal, seja lá isso o que for. Que possam os ricos pagar pelos serviços de Saúde e Educação e os pobres sejam obrigados a tê-los à borla. Mas obrigados pela pobreza, uma vez que se tivessem dinheiro, falando neste caso da saúde, recorreriam aos serviços de qualidade aonde se dirige quem tem dinheiro (aí por volta do meio-dia, e não no dia anterior, para ‘fazer vez’, e ‘rezar para que haja médico’, e ‘conversar sobre doenças com outras pessoas’).
Claro que esta injustiça só seria possível se a Constituição, tal como a temos vindo a descrever, fosse aceite. Nesse caso, sim, talvez viesse a haver um sistema de saúde para ricos e outro absolutamente diferente, para pior, para pobres; e o mesmo para o sistema educativo, e já agora para a justiça e tudo o mais, raciocinando por absurdo e hipótese académica. Parece-nos que não suportaríamos nem saberíamos viver assim. É simplesmente inconcebível.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

O PS e o PSD às vezes parecem mais interessados em acusarem-se um ao outro pela situação de grande confusão e mais confusão ainda à volta da introdução do pagamento nas SCUT do que em apresentarem propostas próprias que se entendam. É bom que para variar tenham pensamentos tão idênticos (- foi ele!).
Mas será que é assim tão difícil extorquir o dinheiro e ser-se amado pelos utentes ao mesmo tempo?
É que se fosse, ainda se percebia. Não podem, eles, perguntamos nós como quem só quer ajudar, e isto para facilitar no engolir da pastilha, contar uma história muito bem contada, como fazem aqueles pais que conseguem convencer os filhos de que a sopa faz bem e sabe a chocolate? Sendo que se verificar ser isto impossível, e não existirem pais como esses, nem sopa assim, que façam ao menos o que têm a fazer de uma vez por todas. Eles. Se são homens. Já é suficientemente doloroso ter de pagar; fazê-lo enquanto se assiste a esta cegarrega é como ouvir o dentista que nos deveria tirar um dente em data marcada informar-nos de que terá a dita de ser alterada para que possa estudar os procedimentos da extracção de dentes, discutir o assunto com os colegas, etc.
Ou como ser assaltado por larápios incompetentes e brigões. É humilhante. Aconteceu ao herói do Sozinho em casa, mas os maus da fita, desta fita, das portagens, devem ganhar. Pudera, com as forças da ordem do nosso lado, mais a tropa e os F16, também nós ganharíamos.

domingo, 18 de julho de 2010

Por causa do nosso porreirismo característico, não confrontamos os outros com as realidades mais duras: preferimos deixar as coisas mal paradas a deixar um companheiro mal visto (a não ser que se trate de o deixar mal visto quando ele não está presente). Quando vamos para o governo levamos esta maneira de estar na vida connosco, não só no que diz respeito aos outros como também no que respeita à nossa actuação, e é assim que não nos confrontamos, nós próprios, com a realidade (esse mito); e é assim que as nossas boas intenções na qualidade de governantes (e ideias tão boas no âmbito da nossa cabeça) são sabotadas pela ausência de boas relações com as coisas como elas são, e com o trabalho e a humildade que elas requerem. Poderia começar assim, como começámos, uma interessante reflexão sobre o desfasamento entre o estado da nação e o discurso sobre o estado da nação, por parte do Governo, se por casualidade houvesse desfasamento. Ou se houvesse governo. E a haver, não somos nós, ainda; quando lá chegarmos podemos reflectir sobre o assunto, com calma.
Por agora vamos apenas tratar de reflectir sobre uma coisa completamente diferente: o desfasamento entre aquilo que o Governo diz e aquilo que o Governo diz, pouco tempo depois (porque ele pode não existir, mas, ai, não se cala, ai). E também sobre uma ou outra incongruência entre aquilo que o Governo faz e aquilo que vem a fazer depois. Ora a reflexão já estava feita antecipadamente, para não se estar aqui três quartos de hora à espera que apurasse. Quem quiser pode e deve fazer a sua, e há-de sair igual à nossa: trata-se de uma situação desagradável. Seja como for, em certas áreas não essenciais, são poucos os que verdadeiramente se preocupam, e o Governo pode estar mais ou menos descansado.
Por exemplo, pode o Governo estar descansado na área da Educação depois de ter vindo a respectiva ministra dizer que as escolas vão fechar todas e que será criado um Centro Nacional Educativo (na casa dela, com assistência da dona Armanda para fazer os croquetes para a criançada e os jogos de objectos escondidos pela casa, uma grande aventura), centro esse dotado das mais excelentes condições materiais (80 000 livros Uma aventura) e humanas (a ministra e a dona Armanda) e de, mais tarde, ter dito que afinal não é bem assim? Pode. É um processo, as aventuras da ministra estavam em situação de claro excesso de stocks, etc., etc., tudo bem, escapa.
Provas de ingresso para admissão na carreira docente para todos os professores, depois só para os que tenham classificação inferior a menos mau, ou coisa assim, está-se bem? Está.
A ministra da Cultura começa por avançar com a ideia de cortar nos apoios à actividade cultural, depois pensa melhor e decide deixar estar como estava, isto chateia alguém? Nada, e de qualquer maneira cinquenta euros a mais ou a menos não fazem diferença nenhuma.
Não convém é brincar às grandes obras públicas, que isso é como ofender a religião que se pratica. O TGV não pode passar de milagre anunciado a piada de mau gosto, os aeroportos não podem estar aqui estar ali, o segundo concurso para a terceira travessia sobre o Tejo não pode ser lançado em Julho sem que antes tenha sido anulado o primeiro, de Janeiro. E com as taxas e impostos é o mesmo, o Governo não pode ser tão pouco claro, ao nível do discurso e da acção, seja no que respeita ao período sobre o qual incidirão as novas taxas de IRS seja com a introdução de portagens nas SCUT, para dar dois exemplos em que inclusivamente o Governo, receando não conseguir criar muita confusão sozinho, terá pedido ajuda do PSD.
Aumentar os impostos e fazer obras, muitas obras, e muitos impostos para pagar as muitas obras (e outras manobras): já se sabe que assim também qualquer um de nós poderia ser governo, mas continua a ser o mínimo que se pode esperar. Tudo o que seja pior do que isso – ou, dito de outra maneira, quando até isso é mal feito - começa a ser um pouco desagradável.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Agora chegou a altura da subida de tom nos ataques partidários profetiza o jornal i a meio de um interessante texto, o qual, quer no estilo quer no anúncio do fim dos tempos - mais explícito ou mais subliminar -, tem realmente inesperadas alusões ao registo bíblico.
Agora chegou a altura. Aí está uma coisa já presente na cabeça das pessoas. E o Cavaco é o Messias. Pelo menos a 'Homem Providencial' chega, e o 'Nosso Menino de Belém' ninguém nos tira! Começa logo com uma parábola, que o jornal diz ser ‘metáfora’, mas o i estava bem era a pôr o título correcto na notícia (pelo menos às 13: 30 era ainda ‘Cavaco contra Krugman. Portugal não vai sair do Euro’, outra notícia do mesmo jornal sobre Cavaco; ó i!). Há uma criancinha que faz uma pergunta, Cavaco trata de dar uma resposta não muito clara à multidão, depois afasta-se e explica melhor o sentido das suas palavras a alguns seguidores mais próximos. Damo-nos conta de que há um ganhar de consciência cada vez mais claro de que o fim, vários fins, aliás, se aproximam. Cavaco parece preferir colocar tudo nas mãos do destino a dar alguma coisa que fazer às suas. Fala, ainda assim, numa ‘mão invisível que faz umas coisas’, uma alusão clara ou ao Espírito Santo ou então ao seu próprio imprescindível mas em todo o caso discreto papel na salvação de Portugal. Eu parece-me que se tem visto mais é o Espírito Santo, mesmo assim.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Pensávamos nós, aqui n’ O Mesmo, que quando o Tribunal Europeu de justiça condenasse o Estado português a propósito da ‘golden share’ na PT, caso Telefónica-Vivo, viessem lá do Luxemburgo uns senhores de fato e jeito para as artes marciais pôr na ordem os responsáveis máximos desse Estado (parece que um é Zé), e que assim nos veríamos livres de tais tiranos. Viria, claro, assistência social, psicóloga compreensiva, os senhores de fato seriam armados cavaleiros e santos pelo povo, o fiscalista Medina Carreira diria ‘ah bom, era precisamente neste tipo de gente que eu pensava para substituir com algum, enfim, com razoável proveito essa outra gente que para aí temos tido’, e assim passariam a ser os nossos novos amos, depois de agraciados com terras férteis e raparigas alegres, acabando tudo num bonito convívio fraterno.
Mas não quis assim o Tribunal Europeu, que se limitou a tornar público o acórdão (não interessa, mas está aqui uma notícia sobre isso), pouco mais nos restando agora do que aguardar as habituais consequências neste tipo de casos, tais como acções dilatórias por parte de um tal que dá pelo nome de Estado português, as quais deverão passar por recorrer da sentença e fazer arrastar o processo. São habituais estes truques lá na Europa, segundo se diz, apesar de estranhos para nós, que em matéria de justiça, ui. Pelo menos era isto que tínhamos escrito aqui antes de nos depararmos algures com a notícia da impossibilidade do recurso: pode sim, o Estado português, não acatar a decisão do TE e pagar umas multas, a crer na notícia. Bom, eles lá sabem, isso é certo.
De uma maneira ou de outra, o veto governamental à venda da Vivo pode acabar por funcionar, na medida em que vai prevalecendo enquanto todo o processo não ficar concluído no TE (alguns anos, provavelmente; bem pensado, Estado português; nada mau; para um tirano insensível), ou enquanto o governo não fizer aplicar o que está no acórdão, e assim se vai inviabilizando o negócio na prática.
Pode ser que esta jogada se venha a revelar ruinosa no que respeita a novos negócios que investidores privados pensassem fazer na nossa economia, mas sempre há que reconhecer que já obrigou a Telefónica a admitir entender-se com a PT.
E agora só mais esta imagem que queremos deixar, a propósito, que é a do Presidente Executivo da PT, o engenheiro Zeinal Bava, muito composto e compenetrado enquanto espera que aquele telemóvel toque finalmente. ‘Si?’ (Há horas que aqui está e ainda só pediu um copo de água. Aqui.)

terça-feira, 6 de julho de 2010

Se acha que está demasiado calor até para ficar para aí molemente a ruminar sobre o mau feitio do vizinho, e o ele ser um idiota e por isso o odiar, ou como podia e devia ter arriscado um pouco mais com a Marta há dez anos atrás, ponha-se à sombra da nossa asa protectora e desfrute do trabalho especulativo que fizemos sobre o ‘calor’. E lembre-se de que este também nos afecta a nós (e ao pobre do vizinho), e que no entanto não regateámos esforços nem canseiras para concluir o dito trabalho (e a Marta descansadinha numa ilha paradisíaca com o Fred!).
O Mesmo está em condições de avançar dez razões que talvez possam explicar o facto de os cinco primeiros meses deste ano terem sido ‘os mais quentes desde 1880’:

1 - excitação do mundo;
2 - fim do mundo e vamos morrer todos;
3 - calhou ser agora;
4 - excitação do mundo (desta vez por causa de fotos explícitas e inéditas de Marte);
5 - vergonha do mundo (como sempre, por nossa causa) ;
6 - o mundo está com febre;
7 - a coolness é uma qualidade que vai rareando cada vez mais;
8 - o ambiente; ‘crispado’;
9 - chama-se Larissa;
10 - oh, não!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Temos de perder a inocência relativamente ao governo português: de acordo com o que vai constando, parece plausível admitir que tenha recorrido a meios ilegais para intervir num negócio que envolve a PT. Ah, fazem as bocas em tom de espanto (duas ou três; e uma é mais um bocejo). Logo este governo e esta PT? Parece, mas se era para enveredar pelo caminho da marginalidade… mais valia fazê-lo em grande estilo, passe a contradição, ou a redundância, que já nem sabemos.
O nome da operação, Acção Dourada, até escapa, embora eu preferisse Golden Finger, Golden eye ou The man with the golden gun, por exemplo. Por serem títulos de filmes do 007. Estilo, simplesmente. Agora quanto ao modus operandi: em vez de se fazer a ilegalidade em plena assembleia de accionistas anunciada e acompanhada a par e passo por meia mídia do mundo todo, que é sempre uma idiotice, aconselhava a prudência que se metesse um tipo aqui, outro ali, tipo em lugares-chave, know what I mean, para ir controlando a jogada sem dar nas vistas. Eles podiam, claro, falar entre si através de aparelhos de comunicação portáteis, combinar coisas, vestir bem (dentro do género papa-açorda), usar gel e olhares meio manhosos e muito mais. Toda a gente sabe que é assim que um governo intervém à margem das regras nos negócios de uma empresa como a PT.
Mas tudo sem que se saiba. Não também como alegadamente terá ocorrido na alegada tentativa de intervenção na alegada compra da TVI pela PT.
É que é um bocadinho incrível, mas podemos estar perante duas tentativas de controlo de empresas que serão, APESAR DE SE TER RECORRIDO À BATOTA, redondos fracassos. Primeiro, no caso PT-TVI, não terão sabido controlar-se com os ditos aparelhos de comunicação portáteis, falaram demais, fazendo assim falhar controlo da TVI. Depois, no caso PT-Telefónica, sem que a TVI e outros media estivessem devidamente controlados, e à frente destes, agiu de modo aparentemente ilegal para tentar (e provavelmente falhar) o controlo de uma empresa operadora de… aparelhos de comunicação portáteis. E tudo isto vindo da parte de um grupo de malignos aspirantes a senhores do planeta, qual polvo, com plano e tudo, que se diz amigo das tecnologias e que tem a presunção de saber comunicar bem a sua mensagem. Será que nunca viram nos filmes que, quando queremos dominar o mundo, antes de mais nada verificamos se os nossos aparelhos de comunicação portáteis são seguros – ou então falamos mesmo em código -, depois podemos passar à manipulação das mentes através das TVs e tal, e, só depois disso assegurado, é que se pode passar a fazer o que bem se quer e bem apetece, seja legal ou ilegal, à frente de toda a gente. São estas as boas práticas reconhecidas internacionalmente, ou nos filmes. Um certo tipo de filmes. Pelo menos já vimos um parecido com isto, vagamente. Bastante fraquinho, por sinal.