Competente, forte, estável, coeso, discreto, corajoso, reformista, rápido, moderado, pequeno, é assim que o novo governo diz que vai ser, pronto, dizemos nós que vai ser, ainda bem, vem a calhar, que bom, dá jeito, óptimo, maravilha, estamos contigo, bem hajas, bem visto, bem-vindo, porque chegámos a pensar que fosse incompetente, fraco, instável, desunido, histérico, medroso, complacente, espaventoso, lento, grande.
Ora ufa.
(Só que não foi muito moderado, nem pequeno, em auto-elogios, dirão alguns; mas talvez não seja assim, desde que, e oxalá, seja o tal do competente).
Os ministros serão poucos. Ou nenhuns, se Passos Coelho acabar por nos convencer de que quantos menos, realmente, e agora que falas nisso, melhor. E também porque parece que quase ninguém quer aceitar! Sim, apesar de tanta descrição, já todos os jornais sabem ou inventam ministros que são e eram para ser. E diz (lá mais para baixo) que muitos bons nomes se têm recusado, por causa da situação em geral do país; e também por causa dos baixos vencimentos. Mas acontece que é precisamente por causa da situação em geral do país que era importante haver bons nomes! E que, se calhar, foi por não haver na mesma bons nomes, a governar, já antes, quando a situação não era tão em geral má, portanto tivessem havido, bolas, que agora a situação em geral é assim. Quanto aos vencimentos, dá ideia que dizem mais ou menos às pessoas: se os ordenados fossem melhores, talvez os contributos fossem outros; e as pessoas vá que respondam mais ou menos : os ordenados talvez fossem outros, se os contributos fossem melhores.
De ministros, entretanto saberemos.
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