sexta-feira, 1 de julho de 2011

O que se pode dizer do governo, além de que é um amor, em termos de conclusão geral final


Claro que também nós estamos apaixonados por Pedro P. Coelho, só de vê-lo adoecemos, esplêndido. Mas é um indivíduo que tem a mania que diz demasiadas verdades. O outro, se a tinha, não parecia. Era mais modesto: apenas tinha a mania de que podia mentir à vontade, sem nunca ser responsabilizado. E isso é uma coisa mais realista para Portugal. Bem visto, outro.
Agora a gente está cá para ver até onde dura a fanfarronice deste, que é como quem diz, para ver até que ponto o país aguenta a verdade. A verdade, sim, alegadamente. E há limites para ela.
Para já, podemos de parvoíces, ou coisas que parecem parecidas, que é obviamente a melhor maneira de se fazer do período histórico correspondente à governação de Pedro P. Coelho uma análise total e definitiva.

Caso Fernando Nobre – o Fernando é uma pessoa que nos merece a máxima consideração, não o conhecendo pessoalmente temos muita estima, não sei quê, por ele, mas, fó, man, há que tempos desejávamos ardentemente que levasse uma valente paulada na mona. Desde que, felizmente, não levou um tiro na cabeça. Foi desde essa altura, sobretudo, que o desejávamos. Desta vez só ameaçou dêem-me a eleição, que sem eleição à cabeça… eu vou para Santarém! guardar gado e vê-lo pastar, enquanto como uns pastéis, também! E os deputados (pff, políticos!, terão pensado) – está bem! (Mas ele não deixou o parlamento; lá está, políticos, pff!) Foi tão forte a paulada que até o Pedro Passos apanhou, e bem, que muita culpa teve no caso. E daqui se passou ao caso seguinte.

Caso Assunção Esteves – sem melodramas Venezuela Televisión, sem tiros na cabeça, foi ver subir a senhora até à cadeira de Presidente, tranquila e segura, como se nada fosse fazê-lo daquela maneira – numa nuvem de bolhinhas de sabão sopradas por anjos!
(A parvoíce aqui está mesmo em não ter feito esta escolha logo à partida.)

Caso superministros – por este andar ainda se convence os portugueses que meia dúzia até chegava: o Miguel Relvas já se sabe que podia ficar de fora e fazer tudo na sede do PSD com uma câmera e dois ou três microfones à frente; a Justiça pede Saúde e vice-versa, ou mesmo a Administração Interna (ministério cujo nome, aliás, é uma contradição nos termos); a Tropa devia estar em força na Escola; os Negócios Estrangeiros juntavam-se, no preenchimento dos papéis para o rendimento mínimo da Troika, à Segurança Social; a Agricultura agregava a Cultura, para pôr em ordem o problema da falta de tomates e excesso de nabos nesses campos tão mal amanhado. E o Primeiro-Ministro ficava formalmente sob a alçada da Troika.

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