quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Viva. Uma palavra a bem dizer meio desacostumada. Com ares, mas simpática. Mas, viva. Pronto. Cada um. Viva. Isso é que é preciso, por causa do étimo da crise em si. Muita paz e amor. Está bom?
Nós também, obrigado. Sim, sim, igualmente e com licença. Então vamos lá a 2011, que começa Alegre para ligar algum Cavaco, nós às vezes, mas calma que há melhor.
Iva. A todos e a tudo. Iva, iva, muito iva! (Obviamente, é preciso um sentido de humor especialíssimo para pereceber onde exactamente está a piada do iva, não podemos fazer mais nada; é mesmo assim, uma coisa cheia de piada, o iva; para quem não é burro; ok?)
Vulva, vulva, mas podia ser uva ou pipa, já não temos nada a perder, depois deste início!
A propósito – de não ter nada a perder – o doutor Manuel Alegre quer que o candidato Cavaco Silva explique as acções. E o Cavaco, que não é bem candidato, diz que já explicou tudo. Sim, as pessoas que sofrem do mesmo tipo particular de paralisia verbal selectiva aguda que o nosso Presidente não precisam, a partir de agora, de continuar a viver em sofrimento: contam tudo à Internet. No caso dele, e uma vez que até foi ela que o elegeu, hum, «faz sentido».«Todo». Além disso, perguntamos nós, que acções serão essas? Hã? Se o homem nunca faz nada! Como é que querem que uma pessoa que nunca se justifica e raramente dá explicações seja do que for vá justamente explicar coisa que não se lhe conhece desde que é PR, como“acções”?
Ah.
E o bipartido Manuel Alegre, então se é isso, e se se sente tão incomodado, também deveria ter exigido explicações a dirigentes máximos de partido que o apoia a propósito de outros casos, nomeadamente o caso da farsa oculta. Em que estará implicado Francisco Louçã, em termos de ideias políticas.Vá, quem é que quer apanhar mais? Não, mas parece que pelo menos alguns dos que agora alegremente apoiam o candidato das esquerdas na sua «campanha de denúncia», ainda há pouco «denunciavam campanhas» – alegadamente – orquestradas contra Sócrates, relativas a casos que em todo o caso tinham mais substância, na nossa jactante opinião. Queremos nós, vamos apanhar já a seguir: não conseguimos dar mais objectividade ao nosso post, mas, em grande, parte porque dá muito trabalho. A impensa: parece-se mais ou menos, para usar o lugar-comum, com aquelas pessoas que querem quer ver (mostrar, aliás) o foguetório e ao mesmo tempo ser um bocadinho dispensadas do risco de se molhar com os pingos da chuva (exactamente, essas pessoas, coitadas), na medida em que, se (aparentemente) não investiga para poder falar com mais autoridade ou calar-se para sempre (enfim, no mínimo para baixar um pouco o volume), podia pelo menos dar melhores explicações, fazer comparações com outros casos, fornecer contexto, opinar de maneira mais fundamentada. Enfim, conformemo-nos. Alguma coisa havia de funcionar menos bem em Portugal.
E assim, e inclusive de maneiras diferentes, como por exemplo a mais terrível de todas as notícias do ano, já nos esquecíamos, aquela de ser agora reconhecido pelo próprio fabricante da pulseira do equilíbrio que afinal o dito objecto não passa de uma fraude, enfim, viva 2011, mas já não se pode confiar em ninguém, é o que temos para dizer. Nem no fabricante da pulseira do equilíbrio.

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