Ainda há dias, que calor! Antigamente, já que é para abrir o coração, parecia que bastava acreditar em dois visionários Professores para carrilar toda a esperança. Eram eles o Professor Queiroz e o Professor Cavaco, daqueles bons tempos do bom aluno na Europa e da geração de oiro no Futebol. Ah! Aquele Figo, aquela seiva nas uvas doiradas de Portugal, e bochechas coradas, e vida! E por baixo do sulfate! Mas desde segunda-feira que tem feito frio! Ainda há dias calor, agora frio! Um dos Professores devia era aprender a estar calado! O outro já sabe. Nós precisávamos era de outro Salazar ou de outro 25 de Abril, ou lá o que é. Ou de outro tempo, por amor de Deus. Que este frio, em Abril, na Páscoa, antes, na Quaresma, quer dizer, nem sequer se pode comer carne para fornecer calorias ao corpo. Qualquer dia vem o calor, ou acaba-se a Quaresma, ou a crise, e fica-se nesta situação desesperada de se ter dinheiro para o supermercado e não haver desculpas para não comprar dois quilos de enchidos e outro de febras e lentriscas. Isto numa época do ano que já começa a exigir mais à base de saladas, sementes de girassol e fome.
A culpa, a culpa. A culpa! A culpa é toda da conjugação de coisas: dos nossos atrasos estruturais, da crise financeira internacional, do nosso modelo económico das últimas décadas, das opções políticas, as mudanças políticas na Europa, da inexistência de Deus em Portugal (ou pensam que não há para aí malta que O tem?). Enfim, não interessa, e nem é agora o momento, de andar à procura dos culpados.
(Mas, não esquecer: começa por ‘S’! Ahahahah).
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