Onde é que ficava mesmo bem uma árvore da Natal de 25 metros toda feita de luzes? Em Fátima, e porquê? Porque se trata de um lugar sem atracções baratas (só que do tipo caríssimas, neste caso), à parte um ou outro boneco fabricado com restos de plático na China, e onde, para mais, nunca se viu uma árvore iluminada de maneira pouco natural. Um lugar também sem qualquer espaço amplo para andar volta e meia de joelhos no chão, fora do santuário, mas que agora vai finalmente ter uma pista de gelo. Ah: e um lugar que vai ter iluminações nas ruas, o que à noite é bom, porque os parques de estacionamento estão vazios e assim quem quiser vai para lá andar nem que seja em estilo crawl, ou mesmo de bruços, sem tropeçar nas coisas. E com isso não incomoda os cristãos, que têm todo o direito de estar em paz no santuário.
As pessoas de Fátima queixam-se do desperdício de dinheiro, mas esquecem-se de que é Natal. E de que é Fátima. O Natal simplesmente não seria o que é sem desperdício de dinheiro, e Fátima também não. A própria Nossa Senhora, diga-se, tem alguma culpa nisso, uma vez que é por causa dela que temos quer uma coisa, quer outra. Mas o Pai Natal é que estragou com o resto: se não houver árvore de Natal certificada por técnico de luzes, não há presentes; e faz questão de associar o Natal ao frio e ao gelo mais do que era necessário. A ponto de já termos saudades do bafo reconfortante do burro da vaca e do Zé, aliás, desabafo, no caso dele.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Atracções baratas
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