sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Só há em Portugal uma constituição mais discutida do que a do projecto de revisão do PSD, principalmente aos domingos. É realmente a constituição da equipa do SLB a cada jogo, por causa dos benefícios sociais tendencialmente gratuitos e universais concedidos aos adversários. Mas à parte a constituição da equipa encarnada, que até é a única que tem de facto alguma importância para o futuro próximo do país, muito se tem discutido a proposta do PSD, como dissemos. A tal ponto que se calhar convinha agora fazer um apanhado malicioso de algumas das coisas que se têm ouvido. Então vamos a isso. A constituição do PSD vai ser um flop, diz Almeida Santos – e ele sabe bem o que é um flop. O PS diz que o único objectivo do PSD é pôr em causa o estado social – e o PS sabe bem o que é pôr em causa o estado social. Passos Coelho diz que o acordo sobre revisão constitucional será mais fácil do que no Orçamento - e ele sabe como é fácil o acordo em matérias orçamentais e afins, (mesmo quando parecera difíci – para não dizer inadmissível – ao em tempos candidato à liderança do PSD. O PCP diz que os sociais-democratas mantêm a intenção de golpear a constituição – e o PCP sabe bem o que é ter a intenção de golpear. Só deve ir avante se for para melhor, diz Cavaco Silva – e ele sabe sempre dizer o óbvio para não dizer nada. Nestas coisas, não há nada como ouvir quem sabe, em vez de dar atenção à conversa fácil dos treinadores de bancada, armados em génios da bola. (Força Roberto!)
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