quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Portugal - Islândia


Um jornlista da RTP enviado à capital da Islândia para acompanhar a selecção dizia ontem, antes da partida, que os islandeses não estão muito para futebóis, por causa da crise (crise, crise, crise, crise...). E na sua voz havia pena pela situação islandesa, e espanto por descobrir como é a vida dos pobrezinhos, comparada com a nossa. Ou então era ironia muito sofisticada, e daí não, na RTP não.
Pensámos nós estas coisas ontem, enquanto ouvíamos o rapaz lá de Reikiavic e aproveitávamos para espreitar outra vez as fotos da hacker mais sexy do mundo no site da visão, e não sem uma certa raiva, tanto que estávamos completamente sedentos de mais notícias catastróficas sobre a situação das coisas portuguesas todas, porque acontece que já estamos viciados nisso, e o Jornal da Tarde só nos forneceu desse produto potente, chamado Portugal Brutal, até ao minuto 12, se não estamos em erro. Depois passou o resto do tempo quase todo ou isso a falar do jogo e também da tal sítução crítica da Islândia.
Mas quereis saber? Em todo o caso, dizemos que: hoje parece-nos na mesma que em Portugal ligamos mais a futebóis do que é recomendado pelos agentes de saúde mental, mas se calhar não tanto como a RTP julga ou quer; nem os islandeses ligam assim tão pouco como isso. E sabeis porquê? Porque no fundo todos estamos a precisar de um noticiário que nos explique bem o que se passa sobre aquilo que nos preocupa, seguido de um jogo da bola ganho por nós, ou pelo menos de um em que a gente não faça má figura, e para acabar, se tiver que ser, ainda se vai rever as fotos da hacker mais sexy do mundo, ou em alternativa as do mister Paulo Bento. Descobrimos isto tudo há pedacinho. Nós.

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