quarta-feira, 9 de junho de 2010

Deu hoje na internet que o Mausoléu de Lenine em Moscovo pode vir a encerrar por razões económicas. "O estado não deve gastar dinheiro dos contribuintes na manutenção da múmia do chefe do Partido Comunista", diz o director, Vladimir ? (o 24 horas diz 'considera o director, Vladimir ', só assim; estaria a referir-se a Vladimir Ulianov, que também já foi 'director'? faria sentido que tivesse uma palavra a dizer, mas é improvável que venha agora manifestar-se ao arrepio da rígida postura que tem mantido desde há muito; arrepio é a palavra).
A triste ironia que se regista é a de ser o capitalismo a acabar com o monumento, porque a múmia ela própria estava para as curvas e o comunismo não deu ainda tudo o que tinha a dar. Estabelecendo uma analogia, seria o mesmo que o comunismo vir agora acabar com um símbolo máximo do capitalismo. Como os bancos. Felizmente o comunismo não teve essa oportunidade, não lhe faltando o desejo. O próprio capitalismo tratou disso. E os especuladores, idem aspas: derrotou-os o capital, a esses pançudos. Finanças dos países capitalistas? Para o caixote do lixo da História a golpes do capital.
O capitalismo destroi, o comunismo conserva. A União Soviética embalsamou e manteve o corpo do camarada Lenine. A Rússia, vendida ao capitalismo, vai construir um hotel ou um casino onde estava o monumento, aposta O mesmo. Cuba segue fossilizada, Fidel mantém-se cosido, a Coreia do Norte resiste, anquilosada. O PC da China conserva-se, recauchutado.
E o PCP ainda é o que está de melhor saúde, de todos eles!
Por isso, quem quiser qualquer coisa para fazer um vistaço, na hora de escolher uma ideologia para a vida, que opte pelo capitalismo, ou neoliberalismo, ou como lhe queiram chamar. Querendo qualquer coisinha para durar, opte-se pelo comunismo.

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