quinta-feira, 10 de junho de 2010

No 10 de Junho de hoje, dia da República e do grande Homero, o nosso Presidente discursará ao país! Faz cem anos, o Portugal, já merecia uma palavrinha. Este 10 de Junho é especial também por ser o último antes do Apocalipse: da vitória da Besta, a Espanha, na África do Sul. E da extinção do Euro, da implosão dos mercados, do fim do modelo social europeu, da decomposição da economia, da decadência do Ocidente, e da invasão dos bárbaros. O fim do mundo em 2012 será um alívio.
Todos os aperitivos estão portanto servidos para que o discurso que não tarda cale fundo. O Presidente é bom a calar fundo. Atenção. Chega a haver verdadeira pressão, diz o DN (o Presidente é o da esquerda, na foto), para que o Chefe de Estado fale da crise que atravessamos, mas o Cavaco não se deixa pressionar nunca, diz ele próprio constantemente, e nunca fala sobre nada, como está toda a gente farta de saber, faz uns sons, e na verdade profere umas palavras sem dizer seja o que for, o Sampaio fazia isso mesmo mas de uma maneira completamente diferente, não tenho tempo agora para analisar o assunto com a profundidade que ele merece, e uns dizem que seria impensável que o Aníbal não falasse da crise num dia como do 10 de Junho, e outros dizem que seria melhor poupar as pessoas a essa fala, e está toda a gente à espera e a dar palpites, e o Professor é isto. É um cinema mudo cheio de falso suspense e que no entanto se revela muitas vezes mais adequado do que os filmes high tech dos outros realizadores. O algarvio é mais um dramaturgo, deve ser isso.
Viva o 10 de Junho, viva a Restauração, viva o mais alto Magistrado da Nação. Volto a pôr o link, vale a pena, é o da esquerda, tanta confiança, tão boas competências, viva Portugal.

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